sexta-feira, 6 de abril de 2012

O primeiro dia dos mais felizes

Poucas vezes na vida me senti tão feliz. Tão realizada. E eu tenho só 23 anos, não vivi quase nada. A sensação de me formar e de hoje ser uma profissional da palavra, da educação, da cultura, me deixa eufórica e preocupada. Eufórica pela minha conquista e preocupada com o peso da responsabilidade.
Vivemos no Brasil, um país que não valoriza os professores, os alunos, nem ninguém. Me pego pensando como será árdua a tarefa de incentivar o hábito da leitura nos meus alunos - porque nem todos gostarão, óbvio - ou você ama ler ou não.
O mundo que vivemos é capitalista, é cruel e nossos governantes são corruptos. Essa é talvez a maior prova da falta de educação básica de existe em todos nós - sim, nós. Um país bem educado, tem jovens pensantes, eleitores conscientes de seus votos e por consequência, escolheríamos políticos mais preparados pra lidar com nosso dinheiro. E aí vai minha angústia: tornar leitores da língua portuguesa pessoas que não possuem leitura de vida. Chega a ser revoltante o papel atribuído ao professor; o de herói, salvador da pátria. Somos educadores.
Mas não, temos que ir além do limite que nos cabe e sermos professores-cidadãos, que ensinam matéria da escola e da vida. Nem sempre um aluno tem a instrução de cidadania dada em casa. E temos que nos virar. Com salário mínimo.
Apesar desses meus medos, eu estou muito orgulhosa de fazer parte deste time, e eu tenho certeza que meu dois professores leitores do blog vão concordar comigo.
Como disse meu amigo Leandro, ontem foi meu dia, onde fui o centro das atenções, mas outros dias de rainha virão por aí, como o meu casamento, o nascimento do meus filhos... E refletindo muito sobre isso, eu afirmo que... eu quero sim, mais dias de rainha.
Se eu sou professora e devo ser otimista em relação ao futuro, eu sou mulher e serei otimista em relação a minha vida.
Quero mais dias plenos como o que vivi ontem.

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