segunda-feira, 20 de abril de 2009

Vamos todos procurar oq fazer né?
Te orienta...


;)

domingo, 19 de abril de 2009


Ebaaa! Comecei a trabalhar finalmente! Percebe-se meu mega afastamento né?! Nossa...apesar de alguns contras, e olha que não são poucos...estou amando. Estou cansada, meus problemas de insônia até acabaram, pq eu acordo às 5:30 e chego em casa às 23h, louca de sono. Estou num setor fechado, e lido diretamente com computador...hehe, gosto muito! Estou entusiasmada sim, mas apesar disso, sei que eu só vou conseguir levar esse emprego de boa, se eu estiver sempre assim, animada. Não necessariamente simpática a todos, mas preciso encarar como algo bom, e não como um fardo. E assim, irei sempre tranquila. Tb tenho tentado manter a cabeça no lugar, foi exigido de mim uma decisão, que eu tomei com o coração partido. Enfim, estou aprendendo e amadurecendo muito,muito. E sabe do que mais? O trabalho, a faculdade, os problemas...tudo isso me ajudou a entender como eu preciso lidar com tudo. E sabem o que eu descobri? Que eu não tô nem aí!!!!
É, nem aí para pessoas negativas, aproveitadoras, malandras, pessimistas, existencialistas. Minha paz de espiríto não tem preço. To cagando e andando p/ calúnias e gente chata. Eu tenho preguiça de gente enjoada.
HAHAHA.
To me sentindo tão má hoje.
rsrs

Deixo vcs com os lindo versos de Pessoa, escondido sobre o heterônimo de Álvares de Campos. Isso me remete tanta coisa. Eu podia ser feliz. Quem sabe ainda não posso? Quem sabe se eu já não sou?
Beijos
*Eu


Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.


Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),

Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,

Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres

Com a morte a pôr umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens.
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.

Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,

E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,

E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.

Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo

À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.


Tabacaria - Álvares de Campos (Fernando Pessoa)