sábado, 2 de março de 2013

Reflexões de um sábado morto.

Eu estou parada, olhando pro nada fixamente, e sempre vem uma voz irritante e bem fininha: ''desiste Laísa''. Por alguns segundos, eu penso em seguí-la, pensando ser essa a melhor forma de resolver as coisas. Bem radicalmente. Mas não é nada disso q vcs estão pensando. Não sou esquizofrênica. Não escuto vozes reais. São vozes vindas do coração. Talvez eu possua uma esquizofrenia advinda de muitos planos não concluídos, de muitas loucas ilusões, de muita confiança depositada num poço.
Eu tenho conhecido muita gente negativa, que de forma ou de outra, querendo ou não, me acenderam o pior lado. E eu não falo de gente que conheci semana passada, ou há dois meses atrás. Pode botar anos nisso. Quem lê meu blog, pelo menos tentou ler, sabe do que eu to falando. Eu passei por maus bocados já. 
Hoje eu estava brincando com Camila e só depois fui reparar que na minha brincadeira, tinha muita verdade. Estava sendo espontaneamente sincera. Falei assim: ''Amiga, nós somos aquilo nós namoramos''. CARALHO. 
Essa doeu profundamente em mim e eu fiquei puta por ter tirado essa conclusão. Porque... eu não tava errada. E eu fiquei puta, porque eu enxerguei uma verdade. Uma verdade que me é inconveniente. Que eu não quero crer.
Ao mesmo tempo que isso me alegra, isso me dilacera por dentro, porque de qualquer forma, significa que eu tenho uma grande mudança pra fazer na minha vida. Tomar um rumo, mesmo. Seguir um caminho, ir e não olhar pra trás. Eu já venho fazendo isso há 3 meses, mas parece que hoje isso se deu com mais clareza. 
Sempre fui uma pessoa segura de mim, mas nunca fui segura em relação ao mundo. E essas pessoas que pela minha vida passaram, não me passaram segurança. Muito pelo contrário. Pelos olhos delas, eu via um mundo dissimulado, ou trágico, ou até insano. 
Não sou uma otimista. Mas isso tem se dado com tanta frequência que eu sinto necessidade de me abrir pro mundo de forma mais plena e menos impulsiva. Não que eu não tenha sido feliz. Eu fui. Mas quando a tristeza veio, chegou com força. E me desestabiliza. 
Mais do que nunca eu me vejo de hoje em diante seguindo uma estrada, completamente só. Não que eu tenha pedido por isso, não que seja por vontade minha, mas porque, todas as pessoas que conheci até hoje não me acompanharam. 
Enquanto eu sempre fiquei vislumbrando futuro e criando metas, elas foram ficando... parando... e eu, mesmo olhando pra frente, me agarrava a elas pelas pontas dos dedos... Sempre havia um elo entre nós.
E sabem o que é mais triste? Eu não vejo mais nenhuma ligação com ninguém. 
Porque hoje, durante aquela brincadeira com Camila, totalmente inocente, eu enxerguei aquilo que eu realmente mereço. E eu não mereço pessoas que me prendam em passados, em traumas, em loucuras, em negatividade. Nada disso me fez melhor. Me fez crescer, amadurecer, verdade. Mas eu não sou uma pessoa melhor. E quando eu pensava que estava sendo uma pessoa melhor, é porque eu parava no meio dessa ''estrada'' pra ficar olhando pro nada junto com essas pessoas. E eu não ía a lugar algum. 
Perceberam? Durante TODOS esses anos, não fiz nada por mim, mas sempre pelo outro. Não de uma forma generosa, mas de uma forma desesperada de obter uma parceria, que só existia, na minha cabeça. 

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