sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Just a broken heart

Dizem por aí, que essa expressão ''coração partido'' surgiu porque percebeu-se que o coração dos pacientes que tiveram algum tipo de trauma, de depressão aparecia com uma coisa, tipo rachadura, daí o nome. Sei lá, não consigo levar fé nisso. Até faz sentido.
Eu digo por mim (óbvio que nesse blog eu só falo de mim) o coração partido pode ter várias causas, e acho muito injusta essa expressão ser ligada a desilusão. Só se vive de amor nesse mundo? Não!
Amor é combustível, mas sem ele é possível viver e olha só... ser feliz.
Eu tava preenchida de muita coisa, sabe? Namorado, amigos, estudos. Mas de uma forma ou de outra nada disso me completava. Faltava um fator 'x'.
Então decidi dar novos rumos a minha vida. Não que eu não tenha sofrido (nada é de graça), mas precisava fazer uns cortes na minha história. E eu cortei. Doeu, mas tenho certeza que mais pra frente, poderia doer e fazer estragos ainda maiores. Foi o que fiz.
Hoje, eu sei o que quero de um homem, eu sei o quero de amor. E que isso não lhe passe a impressão de que eu sou a velhona vivida (nada a ver), apenas passei por tanta coisa, que hoje eu sei exatamente o que esperar e o que mereço. Agora eu sei o meu valor. E te digo, é muito alto.
Hoje, eu sei quem são os meus amigos. Tem uns que eu convivo quase que diariamente e eu tenho plena consciência de que não há absolutamente nenhuma ligação comigo, nem cósmica. Alguns eu não vejo com a frequência que eu gostaria, outros eu vejo muito pouco, mas faço questão de estar sempre presente e participá-lo da minha escolha: você é meu AMIGO. Descobri amizades falsas, interesseiras. Fiquei triste. Mudando algumas coisinhas de lugar, recoloquei as pessoas em suas devidas posições. Teve gente que foi cortada da lista para todo o sempre e espero que ela nunca venha reclamar seu posto.
Hoje eu sei que rumo quero dar a minha existência. Com 23 anos (eu sei, ainda nova), uma faculdade concluída, cursando pós, só agora eu descobri o que eu quero. Na verdade eu sempre quis, mas nunca dei o devido reconhecimento. A ideia de ''ir junto com a maré'' me assustou e me desviou disso por um bom tempo.
Enfim, não dói ser quem você é. Fazer escolhas não necessariamente machucam, mas há de se fazê-las. Algumas pessoas simplesmente me excluiram de suas vidas e seus planos sem ter pena, talvez eu tenha aprendido um pouco com elas a ter essa firmeza. Um firmeza que pode ser confundida com crueldade. Eu tento ser o mínimo possível, eu ainda sou eu, ainda possuo doçura. Acho que é isso, é ter a noção de que suas opções te levaram a algum lugar e você precisará lidar com elas, com austeridade e docilidade ao mesmo tempo. Não é uma tarefa fácil, mas quem disse que viver é fácil?
Essa é a minha receita de vida pra agora. Eu não sei até quando ela funcionará. Eu posso querer mais do que quero hoje e preciso estar pronta.
Viu, essa sou eu, com o coração partido, mas, cheia de vontade de viver, e nem passei por nenhuma desilusão amorosa. Tudo na vida faz parte do aprendizado.

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