quarta-feira, 21 de março de 2012

Raphael

Quatro consoantes e três vogais
É o nome de Raphaël
Eu murmuro à minha orelha
E cada letra me enlouquece
É o trema que me emerge
No nome de Raphaël
Como mistura-se ao A, ao E,
Como ele mistura-se ao L

Raphael tem ar de um anjo
Mas é um diabo do amor
Da extremidade dos quadris
E o seu olhar de veludo
Quando se inclina
Quando se inclina
As minhas noites são brancas
E para sempre
Humm

Gosto das notas ao gosto de mel
No nome de Raphaël
Murmuru-o ao meu despertador
Entre as plumas do sono
E para que o dia seja bonito
Perfumo-me à Raphaël
Pele de seda, pastor eterno
Arcanjo estranho de um outro céu
Não há delícia, não há faísca
Nem há malícia sem Raphaël
Os dias sem ele tornam-se aborrecimento
E as minhas noites irritantes, sem beleza
Não há apreensão não há prelúdio
Não há promessa eterna
Somente o mundo na nossa cama
Somente as nossas vidas e um arco-íris

Raphaël parece um sábio
E as suas palavras são de veludo
Da sua voz grave
E do seu olhar sem rodeio
Quando conta
Quando inventa
Eu posso ouvi-lo
Noite e dia
Humm

Quatro consoantes e três vogais
É o nome de Raphaël
Eu murmuro à sua orelha
Isso lhe faz rir como um sol

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